Processo seletivo: 3 erros que você COMETE ao contratar pessoas!

Entretenimento Negócio

Recentemente eu participei de um evento chamado Time Out, são 2 dias de encontro com palestras incríveis sobre como construir uma equipe altamente engajada, nomes como Dener Lipert (v4 company) e Mario Gazin (gazin company) estavam presentes. Foi uma enchorrada de informações e insights que inclusive viraram planos de ações para a Social desde melhoria no nosso Processo seletivo, até melhores resultados em vendas.

No segundo dia, tivemos uma das (na minha opinião) melhores palestras do evento, com o Leonardo Castelo, que é fundador da 300 franchising. O que mais me chamou atenção em toda a sua maravilhosa fala e postura, foi quando ele me colocou para pensar sobre COMO eu, Priscila, conduzia os processos seletivos na minha empresa.

No presente artigo, vou te contar o que o Leonardo Castelo disse e que me ajudou a mudar radicalmente o processo seletivo aqui da social. Durante o texto teremos uma dica bônus, por isso, pegue seu café e separe 15 minutos do seu dia: é hora de aprender!

Processo seletivo: Primeiro erro

Se você é o gestor de uma empresa ou até mesmo de uma área em específico, já se deparou com o momento em que está contratando alguém e precisa falar um pouco mais sobre a empresa, sobre o cargo em si. Pode não ser o seu caso, mas 90% (inclusive eu) dos gestores erra logo de cara, na largada: você faz sua empresa parecer o paraíso.

Frases como: aqui somos muito unidos/não há desentendimento/os processos caminham muito bem/os clientes não dão muito trabalho/não tem tanta demanda assim… são muito bem utilizadas por nós durante o processo de contratação.

Poderia listar diversas frases que levam o candidato a de fato querer tudo isso e se achar muitas vezes capaz de executar C, sendo que ele só sabe o A. Não há problema em saber apenas o A, mas se ele não for o que a empresa precisa, uma hora (em menos de 3 meses) você estará na mesma sala fazendo as mesmas perguntas para outro candidato.

– Como eu sano isso, Priscila?

Fale a VERDADE! Fale realmente com funciona o dia a dia na sua empresa, pode falar que o processo desalinha pelo menos 3x no dia, que o time tem dias que não vai, não caminha. Pode contar que o cliente liga reclamando, que vai ficar no colo DELE, desse cara que você tá contratando. Fale a VERDADE sobre o funcionamento da sua empresa.

– Ah meu, mas aí eu já desanimei o cara de primeira.

Sim, você desanimou o cara errado e você não precisa animar ele. Dessa forma, você enxuga 80% da chance de contratar um colaborador que em 3 meses vai te dizer que está se sentindo pressionado, cansado, que não consegue seguir o ritmo da empresa.

Processo seletivo: Segundo erro

Antigamente, a prática de verificar referências era muito mais prevalente e amplamente aceita. Grandes e pequenas empresas consideravam essa etapa fundamental no processo de seleção de colaboradores. Perguntas como “Onde você trabalhou anteriormente?” eram comuns e faziam parte da rotina de contratação.

No entanto, com o passar do tempo, essa prática começou a ser menos enfatizada em alguns processos de seleção. Pode ter havido várias razões para essa mudança de abordagem. Algumas empresas podem ter optado por depender mais de entrevistas, testes de habilidades técnicas ou avaliações comportamentais para tomar decisões de contratação. Além disso, em um ambiente de mercado de trabalho competitivo, a pressão para preencher vagas rapidamente às vezes levou à negligência na verificação de referências.

No entanto, a importância de verificar referências não diminuiu. Na verdade, está sendo reconhecida novamente como uma etapa crítica no processo de seleção. A prática de entrar em contato com antigos empregadores ou colegas pode fornecer insights valiosos sobre a experiência de trabalho anterior do candidato, sua ética de trabalho, capacidade de colaborar e contribuir para a equipe, além de confirmar a precisão das informações fornecidas no currículo.

Em um cenário onde as empresas estão buscando a pessoa certa para o cargo certo, a verificação de referências desempenha um papel fundamental em garantir que a escolha seja bem informada e que o candidato tenha a capacidade de se destacar no ambiente de trabalho da empresa. Portanto, considerar essa prática não é arcaico, mas sim uma estratégia sólida para a seleção de talentos adequados e de qualidade.

Processo seletivo: Terceiro erro

Se não tiver TEMPO pra contratar, NÃO contrate.

A pressa na contratação é um erro que pode ter consequências significativas no processo de recrutamento. A urgência de preencher uma vaga muitas vezes leva os recrutadores a tomarem decisões precipitadas. No entanto, ceder a essa pressão pode comprometer seriamente a qualidade da seleção e resultar em más escolhas de candidatos.

Ao ceder à pressão para preencher uma vaga rapidamente, os gestores podem deixar de seguir as etapas adequadas do processo de seleção, como a avaliação completa das habilidades técnicas, comportamentais e culturais do candidato. Isso pode levar a contratações que não são adequadas para o papel ou que não se encaixam na equipe e na cultura da empresa.

Além disso, escolher um candidato rapidamente apenas para preencher a vaga pode resultar em altas taxas de rotatividade. Se o candidato não possui as qualificações necessárias ou não se sente confortável no ambiente de trabalho, é provável que ele busque novas oportunidades em pouco tempo. Isso não apenas cria um ciclo contínuo de contratação e treinamento, mas também afeta negativamente a moral da equipe existente.

Para evitar esse erro, é crucial manter a paciência ao conduzir o processo de seleção. É preferível ter uma vaga vazia por um período de tempo do que preenchê-la com a pessoa errada. Investir tempo na identificação de candidatos qualificados, na realização de entrevistas detalhadas, na verificação de referências e na avaliação do ajuste cultural garantirá uma contratação mais sólida e duradoura.

Conslusion

No cenário competitivo atual, a seleção de colaboradores não pode ser subestimada. O evento Time Out e as reflexões de Leonardo Castelo proporcionaram valiosos insights para repensar a abordagem de contratação. Evitar os erros mencionados – criar expectativas irreais sobre a empresa, negligenciar a verificação de referências e ceder à pressa na contratação – é essencial para construir equipes eficientes e duradouras. A transparência desde o início, a valorização das referências e a paciência para escolher o candidato certo formam uma base sólida para uma contratação informada. Lembre-se, investir tempo na escolha adequada é uma estratégia sábia, promovendo sucesso a longo prazo tanto para a empresa quanto para os novos membros da equipe.

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